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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Resenha - PRESSÁGIO, O assassinato da freira nua (Leonardo Barros)

Se você está em busca de um romance policial ágil, esperto, envolvedor e ainda por cima com uma pitadinha de erotismo, certamente está no lugar certo. Com vocês, “Presságio - O assassinato da freira nua”!
Sem querer puxar saco do autor, (mas já o fazendo) tenho que admitir que fiquei vidrado nesta belíssima obra de Leonardo Barros. Sua impecável descrição dos fatos, aliada à linguagem fácil e ao mesmo tempo riquíssima, além de personagens bem construídos e de um roteiro sensacional deixam o livro com ar de obra-prima; certamente uma.
Alice é a protagonista do livro. Uma garota normal, com um corpo bonito, uma mente confusa e rodeada de amigos. Até aí, tudo bem, mas ela possui uma característica um pouco — digamos — excêntrica, e que a difere das outras jovens de sua idade. Carrega consigo um longo histórico de visitas psiquiátricas, certa de que é clarividente. Assim, ela é obrigada a conviver com maluquices de sua mente, verdadeiros agouros de morte, que a acometem como uma praga. Neste ponto, as visões deixaram meus cabelos em pé, ansiosíssimo por saber qual final Alice arranjaria para sua vida.
Em contrapartida com essa divagação esquizofrênica da jovem, um serial killer está a solta, em busca de freiras. A primeira vítima é uma professorinha da escola da cidade, a senhorita Irmã Bianca, que, (coitada) foi abusada violentamente e posteriormente estrangulada, ali mesmo em seu local de trabalho.
Agora, todos estão imersos na investigação do assassinato da freira nua. O delegado Matias e seu ajudante Felipe, além da própria Alice, que começa a desconfiar da realidade apresentada, “se via flutuando sobre nuvens de algodão. Ela poderia jurar que enxergou o momento exato em que as notas musicais dilaceraram as nuvens imaginárias para que(...) caísse delas. E, a cada batida da percurssão, ela percebia as paredes mudando de cor.”
“O clarão. Um corredor iluminado.
O número sessenta e nove estampado numa porta branca que se abriu para que ela visse a repetição de tudo o que acabara de vivenciar.(...)Só que desta vez, Alice não se via mais sobre a pele de Vívian — uma amiga. Apenas observava tudo como uma espectadora invisível. Agora, Alice ouvia o mórbido estridor de resquícios de ar trespassando a glote de Vívian. Os olhos saltados em surpresa. Os músculos relaxando...”




Desta forma, Leonardo nos conduz rapidamente, em um thriller policial de deixar-nos de queixo caído. Confesso que me encontrei na literatura ágil e eficaz de Barros, de forma que a leitura fluiu como nunca antes. Devorei o livro em poucas horas. Senti que a todo momento era bombardeado com novas surpresas e fofocas dentro da trama; quando fui perceber, já estava sofrendo junto com Alice. Por que não me ouvem? Não sou louca!        Ah, e que final maravilhoso! Do jeito que eu queria, mas não do que eu esperava. O autor soube manter o suspense bem guardado, e revela-lo apenas nas últimas páginas. Aliás, há uma “bomba” nos esperando no último capítulo, e vejo que algo mais está por vir....Decerto que é uma excelente leitura para todos os públicos. Principalmente os amantes da literatura policial. Recomendadíssimo! 
“Ouviu a voz baixinha que dizia:-Está morta! A Freira Nua está morta!”


                      Corre lá e comece a lê-lo agora mesmo!


Desde já, quero agradecer ao autor Leonardo Barros pela oportunidade brilhante que ele me proporcionou ao ler seu emocionante trabalho. Obrigado, e que venham muitas outras parcerias!



André Luiz

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