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sábado, 26 de março de 2016

Poema - Quem sou eu?



Quem sou eu?
Um mero reflexo de um passado negro;
uma alma que doí e clama por carinho;
um ser fechado, preso, sufocado.

Quem sou eu?
Uma amiga.
Diga! Vim aqui para ajudar.
Fazer por você o que não faço por mim.

Quem sou eu?
Uma personalidade podre, fedida;
uma aparência branca, feia;
o olhar perverso, malícia;
um ser criativo, leal.

Quem sou eu?
Um ser que não sabe quem;
alguém que não é alguém;
coisa viva, que toca a vida
sem saber quem é.

("Brianna Morgan")

terça-feira, 22 de março de 2016

Resenha - Inverso



Uma garota que não gosta de sua imagem quando se olha no espelho. Uma imagem que não gosta da garota que  a olha pelo espelho.


Ambientada na cidade de Santos, em São Paulo a trama de Karen Alvares é envolvente e não deixa a desejar quando o quesito é originalidade. A jovem autora de Alameda dos pesadelos e diversos outros textos de suspense e mistério, como os contos Ninguém e O vento, sabe brincar com as palavras como ninguém. 

domingo, 20 de março de 2016

Poema - Grande Guerra


Como na segunda guerra,
Somos guerra relâmpago
Batemos de frente
Saimos machucados
Soldados, somo qualquer outro
Orgulhos feridos
Não há vencedores
Devastados, físico e emocionalmente
Quem vai dar o braço a torcer?
Ah! Imprevisibilidade da guerra!
Ataca-me quando não espero
Meu exército cede
Novo tratado de paz
Enfim aliados
No eixo do amor.
A guerra é necessária
Para não se apagar o fogo do pavio.

("Brianna Morgan") 

domingo, 13 de março de 2016

Crônica - "Mas só chove, chove..."


     

Escutou os murmúrios por onde passava. Cruzou os braços em uma inútil tentativa de se esconder. Apertou o passo, abaixou a cabeça.

Risos ecoaram em sua mente.

Convenceu a si mesma de olhar para frente sem olhar para trás. O que será que estavam reparando? Seu cabelo que fugia a regra de ser liso, suas unhas descuidadas, seus braços roliços, suas espinhas, a roupa fora de moda, o corpo não malhado... havia tantas coisas que a intimidava no convívio social que acabou desistindo de fazer novas amizades e deixar-se cativar por alguém. Não teriam coragem de amá-la de qualquer forma.

Findou sua vida, transformou-se em adulta. Tudo aquilo que antes a deixava sã foi abandonado, como aquela última boneca deixada no canto de um quartinho qualquer, lembrada apenas por traças e outras pestes urbanas.

Seu coração pulsava apenas a dor e o sofrimento de um cotidiano monótono.

TOC-TOC-TOC - fazia o seu salto na calçada. Tropeçou em uma pedra e foi o suficiente para começar a escutar novamente os risos maldosos. Seus olhos se encheram de lágrimas que instanâneamente embaçaram a sua visão. Atravessou a rua ávida para se libertar; não viu - ou talvez tivesse visto - o carro que vinha em sua direção.




("Jéssica Stewart")

quinta-feira, 10 de março de 2016

Resenha - O mágico de Oz





Um livro de terror para crianças. É a definição mais sensata para o livro "o mágico de oz", de Frank Baum.


A garotinha Dorothy está brincando tranquilamente em sua casa com seu cachorrinho Totó, quando os céus de tempestade se aproximam de sua casa. Mais e mais seu tio Henry e sua tia Em estão preocupados com o que pode estar por vir e preparam o abrigo anti-ciclone para recebê-los. Os ventos aproximam-se da propriedade e começam a movimentar a vegetação. Seus tios chamam-na para o abrigo, porém Totó escapa de suas mãos e se esconde debaixo da cama. Apenas um minuto de distração e ela também se separou dos tios, ao passo que a tempestade engoliu a casa com a garota e o cachorro dentro.


sábado, 5 de março de 2016

CONTO - O destino da Estrela


(Inspirado em A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr)

    Lá estava a jovem, a minha frente, com cara de espanto, as mãos na boca. Seus olhos arregalavam-se em minha direção, deixando-me apreensivo.
    - O  que foi? - perguntei
    - Eu sou seu ativador.

quinta-feira, 3 de março de 2016

12 Angry Men (Doze homens em fúria)- RESENHA



Se você assitir 12 Angry Men (Doze homens em fúria, no Brasil) hoje sem um olhar crítico, não vai achar nada demais. É apenas outro filme antigo, rodado em preto e branco. A trama é bem simples: doze homens são chamados para participar de um júri e eles têm que dar um veredito ao juiz. A história se passa dentro de uma sala quente e simples, com uma mesa grande onde eles se sentam e discutem o caso. Apenas isso. 

Interessante é trazer o filme para os dias atuais, ver que, em 49 anos, nada mudou.