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Desenvolvimento 1



     Laura era uma garota serelepe, apaixonada por Halloween e todos os anos vestia fantasias alegres e divertidas. No ano anterior, ela fora uma princesa e acabou gostando tanto dessa ideia que repetiu o tema este ano. Estava linda com sua roupa de Cinderela!
                Sua mãe havia combinado de chegar mais cedo para acompanhar a filha na “caça aos doces”, pois ela, mesmo sendo adulta, ainda se animava com o Halloween; porém a mãe de Laura, Joana, chegou trinta minutos atrasada, trazendo doces para distribuir às outras crianças, exatamente como a tradição manda. A menina já queria pegar alguns para si, mas a mãe disse para esperar e que logo Laura ganharia os dela. A garota então resolveu se sentar, e ansiosa esperar.
            Chegada a hora de procurar os doces de porta em porta, as duas começaram a divertida brincadeira de Halloween. Laura tocou a campainha da primeira casa da rua e esperou até que o dono a abrisse, dizendo:
            -Doces ou travessuras?
            E o homem respondeu:
            -Doces! E entregou um bocado de coisas a ela.
            Laura agradeceu, feliz, e continuou em todas as casas, sem que nenhuma pessoa tivesse se recusado a dar doces à ela. No caminho, outras crianças se juntaram a ela, e a cada casa ganhavam mais doces e mais sorrisos.
            As crianças se dividiram no bairro e foram por várias horas da noite continuando com aquilo. Os adultos também aproveitavam o momento para se socializar, e as mães e os pais de todas aquelas crianças conversavam sobre diversos assuntos.
            Contudo, ao chegar à última casa da rua, Laura ficou um pouco amedrontada com a sombria decoração que nela fora feita: Havia em todo o lugar placas de não entre, cuidado, cão perigoso e outras. Dois gnomos de jardim foram transformados em zumbis pelo dono e exibiam rostos sombrios e assustadores, juntando-se às milhares de minúsculas aranhas que foram espalhadas pela varanda. Por fim, uma mancha no chão, que lembrava sangue, estava posicionada de forma a supor que algo ou alguém estava sangrando muito dentro da casa.
            Laura chegou a tremer as pernas, mas seus amigos a encorajaram a tocar a campainha. A garota foi cautelosamente de encontro à tenebrosa porta da casa, que estava um pouco desgastada pelo tempo. Do local onde era o jardim agora só restaram os cactos. Quase que ela desistiu de ir, e toda a hora parava para olhar para trás, porém seus amigos estavam lá, felizes e dando palavras de incentivo à ela.
            A menina nunca tinha visto a quem a casa pertencia, muito menos sabia que a casa era habitada e que a pessoa gostava tanto assim de Haloween.
Enfim, chegou à porta e deu três míseras batidas.
Um silêncio enorme pairou no ar e enfim a porta abriu.
-Gostosuras ou travessuras? Perguntou ofegante a menina.
A pergunta não foi respondida.
Novamente Laura perguntou:
-Gostosuras ou travessuras?
E novamente ninguém respondeu.
A menina já estava dando meia volta quando uma voz mais idosa e feminina exclamou em alto e bom tom, porém de maneira sombria:
-Entre, garotinha. Tenho doces para lhe dar.
                A essa altura, os amigos de Laura já haviam sumido do jardim, e o saquinho de doces de um deles se encontrava jogado no chão. A única alternativa da garota foi se virar e espiar a casa por dentro.
            Não se sabe o que ela viu lá dentro que causou tanta curiosidade, pois a garotinha, ao olhar o interior da casa, foi logo entrando, com uma expressão de surpresa.
            Atrás dela, a enorme porta se fechou e emitiu um rangido abafado. O silêncio imperou do lado de fora e o clima se tornou cada vez mais estranho ao redor da casa.

("Walter Crick") 

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